12 agosto 2007

01 - Diário Secreto Alemão - Agosto/2007

Gruess Gott!

Estou no Alemanha :-)

A última vez que eu foi aqui fui em 2004. Eu gosta muito de Alemanha. Aqui eu me sinta segura. Eu anda com Ipod, com celular e com dinheiro e ninguém meche comiga. No Brasil não é assim... Infelizmente, ainda, não é assim. Vote em João para Presidente. Não tenho rabo preso com ninguém e vamos fazer um Brasil melhor. Vamos importar o que há de bom pelo mundo e vamos exportar o que de bom temos em casa, pelo preço justo.

O vôo da Rússia para München foi tranqüilo, mas como já disse: Estou cada vez mais medroso. Para variar sentei-me ao lado de uma senhora que a cada balançada, segurava forte na mão de seu marido. Ainda bem que o medo de avião não supera a vontade de conhecer outros lugares, lugares diferentes. Hoje li que sempre usamos nossa cultura como ponto de referência para interpretar outras culturas (etnocentrismo). Quando chegamos a um lugar completamente novo a metáfora utilizada é de como alguém, nascido cego, enxergaria o mundo pela primeira vez. Certamente estaria confuso e todas aquelas cores e formas demorariam algum tempo para fazer algum sentido. Esse é o trabalho de um antropólogo e não sou isso. Sou apenas um perdido curioso.

Como já disse, acima, em meu sotaque tupi-germânico, estou de volta á Alemanha. Dê Abril á Agosto de 2004 tive o prazer de morar por aqui. Até a pouco tempo dividiria minha vida em duas partes: Antes e depois de morar na Alemanha. Bom, não necessariamente Alemanha ou Europa. Morar fora de casa, em outro mundo, por assim dizer, abre nossa cabeça para a beleza das pequenas coisas e, muitas vezes, principalmente das pequenas coisas que não fizemos quando podíamos. A vida não acabou, mas começou, então faça o que tem que ser feito,  agora. Projete-se para amanha e minta para os nãos da vida. Não sei as tuas respostas, não sei as minas respostas e o que, ainda, me move é minha curiosidade do que ainda não vivi.

É muito bom voltar para a Alemanha. Aqui, de alguma forma, entendo o que o povo fala. Sei ler o que, algumas, palavras que vejo e sei ir e vir, na medida do possível, sem restrições. Estou colocando meu escasso alemão à prova e pretendo continuar assim. Cheguei ao aeroporto de Munique, liguei para casa, passei pela imigração e comprei um dicionário inglês-alemão (estou enferrujado). Logo que comprei o tíquete de trem, em alemão, corri para a plataforma. Esqueci muita coisa, esqueci que, às vezes, a porta do metro não se abre e é necessário apertar um botão. Não é preguiça alemã, mas imagina no inverno, aquele frio danado, e a porta se abrindo para ninguém entrar. Ninguém, não. O frio.

Mesmo sabendo ir e vir, isso não significa que não cometa erros. Pois é, depois que peguei o trem para a estação principal, teria que pegar um S-bahn (Metro/bonde) para o Albergue. Tinha todas as coordenadas, mas peguei o S-bahn para o lado errado. Tudo bem, tudo bem. Isso só me tomou alguns minutos e quando cheguei á estação correta, percebi que estava chovendo. Parei, pensei e enfrentei a chuva por apenas cinco minutos, até chegar ao Albergue. É sempre bom relembrar que só existem três coisas que não gosto: Relógios de pulso e guarda-chuvas.

O albergue alemão é muito organizado. Tratei de me comunicar em alemão e tudo tranqüilo. O quarto é no primeiro andar e tem seis camas, dividas em três beliches. Estou na cama inferior do beliche mais próximo á porta. Temos duas pias e um armário/locker para deixar tudo. Já havia empurrado tudo para o locker quando notei que não tinha roupa de cama e toalha. E lá vou eu novamente para a recepção. Agarrei roupa de cama e tentei comprar água em uma dessas vending machines, mas só tinha água com gás. Pronto, lembrei uma birra que tenho com a Alemanha. Perguntei a recepcionista aonde poderia comprar água sem gás e ela responde: Pode beber da torneira. Lembrei: isso é Alemanha. Há três anos o pai de um amigo alemão, aqui na Alemanha, leu uma nota de jornal, para mim, que fora feita uma pesquisa (dessas de qualidade) com diversas marcas de água mineral e com a água da torneira. O resultado foi que a água da torneira, por aqui, é mais saudável e limpa que a água mineral.

Eu não errei. Quando disse que existem três coisas que não gosto e só disse duas. A terceira coisa é o elemento X. X é coisa que eu não gosto em um dado momento. Pode ser em um ano, um dia, um segundo e etc. Nesse exato momento eu odeio a saudade que sinto de você.

Wiederschreiben!

3 comentários:

Mirko Fröhlich disse...

Grande Joao,
dont hate the feeling, hate the reason which brought up the feeling....

agora so falta o a historia do ABIPA com as fotos..
abraco

Joao Costa disse...

Cara,
infelizmente não poderei publicar minhas fotos.

ahhhh

Joao Costa disse...

Cara,
infelizmente não poderei publicar minhas fotos.

ahhhh