27 abril 2009

Eu e meus vícios

Tenho 26 anos, quase 27,  e já acumulei uma porção de coisas, materiais e imateriais (mais imateriais do que materiais, devo assumir).
Com o tempo percebo que ganhei algumas manias e alguns vícios e, hoje, vou escrever sobre meus, poucos, vícios. E, sem ordem alguma, aí vão.

Família: Mesmo me fazendo de durão.
Amigos: Sou viciado neles.
Viagens: Até a próxima...
Livros: Compro mais do que leio.
Fotos: Tiro, imprimo e só mostro uma vez.
Teatro: Queria assistir mais e quero fazer, ao menos, um pouco.
Música: Para acordar, para dormir, para dirigir, no banho, na limpeza, lavando o quinta, andando, correndo ...
Cinema: Pelo menos duas vezes por mês.
Televisão: Na TV senado eu vejo o único "reality show" que os participantes já ganharam seus milhões. Sempre Zapeando.
Lost: Assista e vicie-se.
Pizza: Só de panela e da Vila Madalena.
Garfield: Meu dia só começa depois de ler uma tirinha do gato viciado em lasanha.
Piadas sem graça: Quanto mais sem graça, mais engraçada é, não?
Álcool: Não gosto do depois.
Cigarro: Menta e cravo.
Inventar histórias: Mas só engraçadas e mentirinhas que todo mundo sabe, ou deveria, o quão absurdas são.
Insônia: Todas as noites.
Ansiedade: Acho que não sei viver sem você.
Andar: Para tentar diminuir a ansiedade
Tocar violão: Toco tudo, quando estou sozinho, mas esqueço tudo quando tenho platéia.
Fofokut: Já devo ter fuçado no seu.
Inalar balõezinho de hélio: Só para falar "Join the dark side".
Dieta: Vida de modelo é foda.
Dirigir cantando e dançando: Orra, meu, puta trânsito para chegar na Bela Vista, meo!
Prometer: Tô te devendo algo?
Planos: Precisando de um, fale comigo.
Divagações: Do que estava falando, mesmo?
Falo: Falo por eu, tu, nós, vós e eles.
Em mim: Eu me amo, eu me amo, não sei viver sem mim.
Não terminar coisas: Existem outros itens que deveriam estar nessa lista, mas vou parar por aqui...


23 abril 2009

Acho que alguém aqui pirou

De todas as coisas que falam comigo, existe uma que sempre acerta a mão.

Acerta na medida, no peso, no que sinto e nem precisa de respostas para ser perfeito.

Assim que me sinto em relação á Música.

Ao invés de explicar o que sinto, agora, vou deixar ela [a música] falar por mim.

Certeza? Só uma: Acho que alguém aqui pirou e eu ando desconfiado que esse cara sou eu.

Novamente...

Tianastácia - Sanatório

Acho que alguém aqui pirou
Eu ando desconfiado que esse cara sou eu
Às vezes acho que eu não produzo nada
Às vezes sei eu viajei errado
Às vezes acho que eu sou excluído
Do paraíso
Às vezes acho que o centro do universo
Está no meu umbigo

Acho que alguém aqui pirou
Eu ando desconfiado que este cara sou eu
Todo dia quando eu entro no banheiro
Está tudo lá
Da escova para cabelo ao fio dental
Tem dias que eu olho no espelho e falo
Tai um cara legal
Tem dias que eu tenho a convicção
De que eu não sou normal
Tem dias que eu to puto
Alguns dias maluco
Graças a deus a maioria dos dias eu estou contente
Também tem os dias doentes
Mas esses, eu sei, fazem parte da vida
Esses fazem parte da vida

Acho que alguém aqui pirou
Eu ando desconfiado que esse cara sou eu
E se isso for só pretensão
Não, não é possível
Neste mundo só tem “maluco”
Ou serão só lúcidos ?

Eu espero um sinal de um homem lúcido
Amizade
Eu espero o sinal de uma mulher lúcida
Amor
Eu espero sinal de um povo lúcido
Paz
Eu espero como você espera
Um disco voador






05 abril 2009

Manhã de frio

Já não carrego mais 
a poesia
no meu peito.

Já não desfaço dos planos
pensados
sem efeito.

Já não acredito mais
nos primeiros olhares,
primeiros sorrisos e
promessas de eternidade

Acho que
já não sou
mais o mesmo.

Agora, tudo bem...

Quem me conhece, sabe que eu não sou de ficar doente, mas quando caio...

Há, quase, duas semanas venho lutando contra um resfriado que teima em ir e vir. No sábado passado ele [o danadinho do resfriado] já tinha me deixado de cama. Passei o sábado dormindo e pensando que havia sido atropelado por uma jamanta. Era pior que ressaca de cerveja barata e a azia da batatinha frita.

O domingo chegou, pensei que estava melhorando e, de fato, até já estava fazendo minhas pequenas estripulias por aí.

Segunda-feira a noite fui ao cinema. Assisti "Che", o belo filme que retrata parte da história do Argentino Che dentro das selvas cubanas lutando pela revolução. Um ótimo filme, mas não é isso que vou discutir. Enquanto assistia o filme, começei a sentir uma pequena dor de cabeça, mas a ignorei e fui dormir.

Terça-feira  acordo e a dor de cabeça é tão forte que chega, ás vezes, a me cegar. Tomo alguma medicação, na esperança que ela vá embora, pois sou cabra macho e como o Brasil estou preparado para essas crises virais vindas de fora (de mano branco e de olho azul?). Seja como for os remédios fizeram certo efeito e pude continuar o dia.

Quarta-feira iniciei um treinamento e durante o treinamento a dor de cabeça parecia querer voltar, mas ainda era controlável. Terminei o dia e fui direto para casa. Coloquei minha cabeça dolorida no travesseiro e dormi. Duas horas depois, isso lá pelas 21h, acordo com uma dor insuportável. Não conseguia erguer a cabeça, olhar com precisão e até falar era difícil.

Com certo esforço desci até o quarto dos meus pais (sim, ainda, moro com eles) e pedi para que me levassem ao hospital.


No Hospital

Aguardei alguns minutos na sala de espera, enquanto na TV a seleção brasileira dava um show contra uma seleção de pernas-de-pau. 

- João Ricardo. Uma médica jovem, ou jovem médica, me chama e lá vou.

Explico toda minha condição com dificuldade (porra, estou com dor-de-cabeça) e ela descobre, através do uso ferramentas futuristícas, que estou com 38,1 graus de febre e com a pressão alta (14x10).

- Você vai tomar medicamento na veia e depois voltará aqui para ver se está melhor.

- Ok, eu prefiro logo injeções. 

Nessa de esperar, de pé, e ver toda aquela gente com espetos nas mãos e braços, senti que suava estranhamente, senti minhas pernas bambearem e minhas unhas embranqueciam. 

Tava viradão na feira hippie. Falei com a doutora e ela logo descobriu que minha pressão caiu para 10x6 e me passou na frente na fila do espeto.

  O "enfermeiro" disse que estava com dificuldades para encontrar minha veia. Nessa hora eu já não via porra nenhuma, não falava nada direito e tentava respirar fundo para não desmaiar. O "baguio" era loco, tudo preto, a cabeça girando e eu só queria água. Logo pensei que tinham me dado uma bala, ou doce, dessas de raves, mas não era o caso.

Mais tarde, quando a droga fazia efeito ele veio picar meu dedo para checar minha glicose, mas estava tudo bem. Fiquei preocupado em ter diabetes, mas, se tiver, só a quero depois da Páscoa.

Olha uma fotinha de ontem para guardar na memória. 

Eu: Mãe, tira uma foto minha ?
Mãe: Você quase morrendo e vai querer uma foto ?
Eu: Mas não morri, pelo menos é uma experiência.
hohohoho


É isso aí, já estou melhor, mas a cabeça, ainda,  dói quando eu tusso ou faço movimentos bruscos.

Vou dormir...