24 agosto 2009

Eu e o Presidente


São Paulo, 22 de agosto de 2009.

Querido blog,
hoje eu vi, apertei a mão e tirei foto com o Presidente Fernando Henrique Cardoso.
Estava com alguns amigos e procurávamos um lugar para estacionar. Estacionar perto da FAAP não é fácil e não importa o dia. Ainda bem que não fiz FAAP. Se é para pagar caro, prefiro passear na Oscar Freire.
Paramos o carro em uma pacata rua nas redondezas. Assim que desci do carro, vi um senhor andando pela calçada. Estava sem meus óculos, mas achei que o conhecia. Quando ele chegou mais perto, percebi que era o presidente FHC. Me senti um garoto no natal. Respirei fundo e disse "Boa tarde, Presidente". Ele sorriu e, educadamente, disse "Boa tarde".
Meus amigos também perceberam e acho que o cumprimentaram também. Sei lá, eu havia acabado de ter um encontro com um intelectual de 1. grau. Ainda estava meio abalado.
Ele, o Presidente, continuou seu caminho. Oposto ao nosso.
Lembrei que um de nós tinha uma câmera fotográfica e perguntei se ele poderia tirar uma foto minha com o presidente ele disse que sim.
- Presidente... Presidente, por favor, poderia tirar uma foto com o senhor?
- Sim, claro.
Cheguei perto, estendi minha mão e ele estendeu a dele. Mão suave, pensei. Intelectuais não tem calos. Não nas mãos.
Tiramos a foto. Meu amigo, ainda, comentou que ele havia saído melhor do que eu, na foto. O presidente apenas disse sorrindo "Mas aí é com Deus". Será que ele acredita em Deus? Pensei que os intelectuais pregavam que Deus é a maior invenção dos homens. Acho que ele pensou que eu acreditava em Deus e quis "conectar" com um possível eleitor.
Eu acredito em Deus. Só não acredito em religiões.
- Obrigado, Presidente.
Não lembro o que ele disse. Agradeci mais uma vez e segui meu caminho.
Joao Costa

PS. Uma vez presidente, sempre presidente, não?
PPS. E aquele que achar que estou mentindo (http://www.twitpic.com/ex4zb)


Briga, confidências, um funeral e um aniversário



O dia começou com uma discussão. Filho e mãe, embora sejam, quase que, iguais, sempre discutem.

- Não sou surdo, precisa gritar sempre? - Diz o filho.

- Você nunca faz o que te peço! - Retruca a mãe.

- Nunca? Nunca? Você tem as estatísticas aí? - Gritou, logo antes de bater a porta do quarto.

Esse filho não é mais criança para o mundo, mas seus pais e ele não o sentem assim.

Será assim para sempre.

Assim esperam.


-/-


Trancado no quarto, lê sua correspondência.

Porque falamos aos outros o que gostaríamos de ouvir?


-/-


O vizinho morreu. Será enterrado hoje a tarde.

Era um senhor de seus 70 anos. Não me lembro do rosto dele. Sei que morava com sua esposa, agora viúva, e uma filha problemática, mas dócil.

Não quero ir ao funeral. Para quê? Por sentimentos aos vizinhos que não conheço? Outros farão o papel diplomático, eu não. Hoje eu não quero sair de casa.

Penso no velho.

Será que ele, quando tinha a minha idade, também era imortal?


-/-


A noite terminou bem. Comemorei mais um ano de vida. Não sofri nenhum sintoma de "inferno astral". Que bobagem.



13 agosto 2009

3 pastel - Na rede

Hey,


Gosta de pastel? Nós também. Veja nossa avaliação de 3 pastelarias, aqui, em São Paulo.


No YouTube:





A mesma iguaria em três locais diferentes.

Uma avaliação a cada experimentação.


Desta vez foi o pastel!


Participaram: Flávio, Rui, Julia, João e Guilherme.

A música é do Gibson.


http://blogporaqui.blogspot.com/




Semelhanças


Se casaram em uma época em que não se ficava. Ele tinha 21 e ela 17.
Não se conheciam e pouco se conheceriam até o casamento. A união fora arranjada por um amigo de ambas as famílias. A família dela queria um marido de uma família tradicional. A família dele queria uma boa moça.
Casaram-se em um sábado de sol e chuva. A festa, ou o encontro pós casamento, por assim dizer, foi na casa dos pais do noivo. Uma bela festa, como não poderia deixar de ser.
Logo depois que o buquê fora arremessado e, acidentalmente, apanhado por aquela tia solteirona, os recém casados partiram para a noite de núpcias.
Ele era mais experiente, porém sua experiência se resumia a desenhos pornográficos e histórias contadas por amigos.
Ela era romântica e logo perceberia que ele não.
Foram se conhecendo. Criando intimidade. Convivendo e não demorou muito para perceberem que dentro das poucas semelhanças que tinham a mais substanciosa era a teimosia.
Com o tempo pararam de discutir. Depois de conversar e hoje, apenas comentam a performance da neta, que é atriz na novela das oito.