Se casaram em uma época em que não se ficava. Ele tinha 21 e ela 17.
 Não se conheciam e pouco se conheceriam até o casamento. A união fora arranjada por um amigo de ambas  as famílias. A família dela queria um marido de uma família tradicional. A família dele queria uma boa moça.
 Casaram-se em um sábado de sol e chuva. A festa, ou o encontro pós casamento, por assim dizer, foi na casa dos pais do noivo. Uma bela festa, como não poderia deixar de ser. 
 Logo depois que o buquê fora arremessado e, acidentalmente, apanhado por aquela tia solteirona, os recém casados partiram para a noite de núpcias.
 Ele era mais experiente, porém sua experiência se resumia a desenhos pornográficos e histórias contadas por amigos.
 Ela era romântica e logo perceberia que ele não.
 Foram se conhecendo. Criando intimidade. Convivendo e não demorou muito para perceberem que dentro das poucas semelhanças que tinham a mais substanciosa era a teimosia.
 Com o tempo pararam de discutir. Depois de conversar e hoje, apenas comentam a performance da neta, que é atriz na novela das oito.
 
 
 
Um comentário:
A introdução do seu texto parece a vida de minha Mãe de meu Pai. Rs... Ela tinha 16 e meu pai 19. Namoro era só pegar na mão. Ainda mais que eles eram da igreja da Reforma Adventista.
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